Turismo e folclore

 

Município preserva tradições culturais e reúne belezas naturais

Dezembro chega todos os anos trazendo expectativa para a cidade. É o período de maior número de visitantes, a época em que todos se reencontram: parentes, amigos, gente que mora fora, turistas. O Natal e a passagem de ano, entre religiosidade e festa pagã, tornaram-se na cidade sinônimo da Congada, onde os "Ternos" ou grupos folclóricos, desfilam dançando ornamentados pelas ruas da cidade, louvando o Menino Jesus, Nossa Senhora do Rosário, São Benedito, São Domingos, Santa Ifigênia, São Vicente, Nossa Senhora Aparecida, e através da dança e da musicalidade revivem as tradições afro de seus antepassados.

Com um potencial a ser explorado, a começar pela sua forte manifestação cultural popular, a cidade quer buscar saídas para a estagnação econômica, através do turismo. Além do folclore, reúne belíssimas cachoeiras, um grande clube de campo, um ativo Centro Cultural, o artesanato e muito verde, a ser explorado pelo turismo rural. O povo, como bom mineiro, é muito hospitaleiro.

Assim é a tranqüila Pratápolis, situada no sudoeste mineiro, dona da festa de Congada mais tradicional da região. Na maioria dos municípios da região, as apresentações dos chamados ternos de congo e moçambique são uma tradição do período natalino, herdada da época ainda da escravidão, quando os negros não podiam freqüentar as celebrações dos brancos. Mas em Pratápolis, a manifestação é mais forte. Entre 25 de dezembro e 1º de janeiro, a cidade fica em efervescência.

É nesse período também, aproveitando o período de férias, que jovens fazem a cidade mais animada, reencontrando-se em festas em casas alugadas para a temporada. Os grupos Braboi, Bezerrão, Agroboys, Gambazão, Pau d’água, PraQueNome, Cabritão, Curva de Rio, ZeBebeu e Pequepê, já considerados marcas registradas, espontaneamente estão criando uma nova tradição em Pratápolis.

            Em um passado recente, o município tinha uma economia baseada na extração mineral. Em seu território, situava-se o então distrito de Itaú de Minas, com uma das maiores fábricas de cal e cimento do mundo. O distrito emancipou-se em 1987. Durante 35 anos, Pratápolis produziu também muito níquel, tendo as reservas se esgotado em 1998 e uma grande multinacional encerrado suas atividades na localidade conhecida como Morro do Níquel. O lugar hoje ainda abriga alguns moradores.

Com o fim do extrativismo, Pratápolis tem hoje a economia baseada na agropecuária.

   

Festa de final de ano começou há MAIS DE 114 anos

          Com 9 mil habitantes, o município tem nas festas das Congadas o seu principal evento do ano, uma tradição que vem desde 1887. A programação começa sempre na segunda semana de dezembro, com a missa das bandeiras rezada dia 08/12, e se prolonga até 1º de janeiro, quando acontece o encerramento com a missa dos congadeiros.

O ponto alto, com a apresentação dos grupos folclóricos, ocorre a partir do dia 25, quando desfilam todas as noites, com suas vestimentas coloridas, batidas característica dos tambores, com reis e rainhas que pagam as promessas feitas durante o ano ao seu santo devoto. Vários grupos da região são convidados para a festa e também fazem as suas apresentações.

A concentração dos ternos acontece na área da igreja Nossa Senhora do Rosário. Bem ao lado, uma grande barraca anima o clima da noite, com shows artísticos, principalmente do gênero sertanejo, acontecendo sempre a partir do dia 25.

   

O município mantém a tradição da corrida de São Silvestre, que acontece na manhã do último domingo do ano. No dia 31 de dezembro, na passagem de ano, a noite costuma ser ainda mais movimentada. É que , na noite do dia 31 a partir das 24h, é promovido também tradicionalmente, um espetáculo pirotécnico.

 

 

 

 

Um passeio pelo Centro Cultural

Um bom passeio pela cidade deve incluir o Centro Cultural, instalado na antiga estação ferroviária da cidade. No local, a Prefeitura mantém um museu que conta um pouco da história do município, uma biblioteca e várias oficinas culturais.

O estilo arquitetônico inglês da construção, comum do início do século passado, é charmoso. O trem da antiga empresa Mogiana e Fepasa já não passa pela cidade. Mas o prédio, restaurado, mantém-se conservado com a sala de embarque e inclusive o guichês de venda de bilhetes das viagens.

Curiosamente, o aviso sobre a data em que o trem receberia as últimas encomendas, encontra-se intacto. No quadro negro, escrito em giz, está a data de 1º de fevereiro de 1977. A relíquia vem sendo protegida coberta por um plástico duro, transparente.

          Bem ao lado, está montado o museu do município. Com doações principalmente da comunidade, o lugar reúne desde fotografias antigas, passando por documentos históricos, objetos de trabalho do primeiro médico do município, artefatos indígenas, recortes de jornais e ferramentas antigas. Uma das maiores relíquias é a primeira "bandeira de terno de Congo" de Pratápolis, pintada em 1887. A visita vale a pena.

O espaço mais amplo do Centro Cultural serve a apresentações, a exposições e para oficinas. Durante o mês de dezembro, as oficinas estão sendo voltadas para o artesanato, música e teatro.

Ainda na cidade, vale a pena visitar a igreja Matriz do Divino Espírito Santo, o pequeno santuário construído em homenagem à Santo Antônio e a pequena praça Saturnália tupiniquim, a "praça do dinossauro". Trata-se de um monumento novo, construído na entrada da cidade, que homenageia o cientista pratapolense Max Cardoso Langer, descobridor de uma espécie de dinossauro que habitou o sul do Brasil.

   

Artesanato

Pratápolis reúne um rico artesanato, embora nem tanto diversificado. São cerca de 40 artesãos oficialmente conhecidos, que produzem principalmente peças em crochê, tricô, bordados em fita, doces, materiais religiosos.

Sempre na última semana de novembro, os artesãos expõem no Centro Cultural, durante o evento conhecido como "Mãos de Prata".

A cidade tem ficado também conhecida por produzir bons doces caseiros. De olho nesse mercado, a marca Isamel tem ficado famosa em toda a região, devido ao sabor de suas compotas, cuja principal matéria prima é o leite.

   

Muito verde cercado por águas minerais

O município ainda possui muito verde de matas e serras, um potencial a ser explorado principalmente pelo turismo rural. A caminho da Fazenda do Retiro, a 12 km da cidade, a sensação é de reencontro com a natureza. A estrada, que liga uma das importantes regiões rurais do município, dá acesso a quatro cachoeiras, situadas em áreas particulares, mas com acesso assegurado aos turistas.

Para quem vem da rodovia MG 050, não dá para não reparar o "Morro da Bunda", uma elevação que o tempo cuidou de criar o formato humano da região glútea. O lugar ganhou o nome na sabedoria popular e ainda não é explorado, mas pode tornar-se centro de visitação.

          Bem próximo da rodovia MG 050, encontram-se as fontes termais do município. No Termas Clube Três Fontes (ver matéria em separado), o visitante, sócio ou não, pode banhar-se em piscinas minerais. As águas são medicinais e indicadas no tratamento de várias doenças.

A 6 km do Clube, também pela rodovia MG 050, fica a Pousada Água Azul, um bom local também para passar o dia ou se hospedar. O empreendimento, na realidade, está situado no município de Fortaleza de Minas, mas próximo a Pratápolis. Oferece piscinas de águas minerais, serviço de bar e restaurante, além da opção de hospedagem possuindo ampla área para estacionamento.

          A Estância Balneária Hotel Termópolis situada no km 17 da rodovia S. S. do Paraíso – Jacuí, no município vizinho de São Sebastião do Paraíso. Devido sua proximidade do nosso município e da grande procura por suas águas, resolvemos mostrar sua aptidão para o turismo.

         Nossos antepassados já conheciam e usavam as "águas quentes" (Termópolis), para fins medicinais e banhos terapêuticos. Entretanto, só a partir de 1918 é que cuidaram de melhor aproveitá-las, tendo sido construído um hotel e seu balneário.

Termópolis dista de São Sebastião do Paraíso, 17 km e de Pratápolis 45 km e é servida por bem cuidada estrada de terra, mas já faz muito tempo que tem promessa de ser asfaltada pelo Governo do Estado.

O ambiente rústico e natural, faz de Termópolis o local ideal para um completo "relax", com os seus 10 milhões de metros quadrados, com 250 mil pés de café, 500 mil eucaliptos, capões de matas virgens, mais de 30 represas, muito gado, etc.

O conjunto de piscinas com água termal (30 graus centígrados)medicinal, é ideal para o tratamento de ácido úrico, artritismo, nefrites, pielites, cistites, cálculos renais vesicais, dermatoses (eczemas), reumatismos, diabetes, pertubações gastro-hepáticas, prisão de ventre e esclerose. As águas das piscinas são totalmente renovadas a cada 5 horas.

  

Piscinas naturais nas Três Fontes

Na rodovia MG 050, está a menina dos olhos do município. O Termas Clube Três Fontes, o primeiro empreendimento turístico de Pratápolis, com mais de 30 anos, deve ser visitado pelas suas belezas naturais e pela boa infra-estrutura. Nos últimos dois anos, foi todo remodelado.

São piscinas de grande porte, em vários formatos, com a água mineral trocada semanalmente. O abastecimento é garantido através de um poço artesiano. Uma das piscinas é de água corrente. Logo na entrada, o visitante se depara com a religiosidade forte da região. No estacionamento, está a maior imagem de Nossa Senhora Aparecida do Brasil, com cerca de 5 metros de altura. Recentemente, a imagem foi restaurada.

Cercado por árvores, o Clube oferece área de camping, muitos quiosques com churrasqueiras, área de lazer para as crianças , vestiários, estacionamento e muita sombra. O lugar, aberto a sócios e a convites comercializados na portaria, é preferido de muitas famílias de outras cidades da região, principalmente em período de calor. Nessa época, chega a receber uma média de 500 pessoas nos finais de semana.

A atual diretoria do Clube, afirma que mais melhorias estão previstas: "queremos colocar ali um tuboágua gigante e estamos pensando também em chalés".

Para quem não é sócio, o Clube cobra o ingresso a R$ 10,00. Pacotes para famílias, têm desconto. Para quem quiser passar finais de semana ou férias, há em volta várias casas de aluguel para temporadas. Em frente ao Clube, situa-se o povoado de Três Fontes, onde o visitante tem também a infra-estrutura de um restaurante, um posto de gasolina, açougue e supermercado.

   

Pesqueiro

A apenas 2,5 km da cidade, na estrada de acesso à rodovia MG 050, um empreendimento voltado para o lazer e para o turismo tem se transformado também em um dos bons cartões de visita de Pratápolis. O pesqueiro Maré Mansa nasceu de um sítio que o cirurgião dentista Aurélio Felisale Barbosa tinha como hobby e em menos de três de anos de investimentos, já enche os olhos dos visitantes.

 

            São mais de 30 lagoas, onde em pelo menos cinco represas o visitante pode pescar no sistema pesque-pague, com serviço de bar e restaurante. O local é muito agradável, cercado por árvores e povoado por muitos pássaros. O seu grande diferencial é oferecer para a pesca, além de peixes mais conhecidos, espécies nobres como o pintado.

            O Maré Mansa também já especializou-se na boa comida. Com um restaurante bem montado que dá visão para as lagoas, oferece opções da culinária mineira, como o frango caipira, e delícias como moquecas. Para esse prato, o visitante escolhe no aquário o peixe a ser preparado. Tudo feito em fogão à lenha. O restaurante e o pesqueiro funcionam todos os dias. O proprietário, Aurélio Barbosa, que procura atender pessoalmente todas as mesas, afirma que a médio prazo vai construir um hotel. A idéia, segundo ele, é dar opção ao visitante de hospedar-se ali mesmo. Ao lado das lagoas que disponibiliza para a pesca, Aurélio tem reservado o maior número de tanques para piscicultura, já que seu projeto é fazer também da propriedade um grande produtora comercial de peixes.

Para quem não gosta de pescar, mas quer passar o dia fazendo turismo rural, há opções de trilhas a pé ou simplesmente de relaxar-se na lanchonete. Um parquinho, ao lado do restaurante, diverte as crianças. Segundo Aurélio Barbosa, a médio prazo vai oferecer também passeios a cavalo, leite ao pé da vaca e outros atrativos.

   

Lideranças vêem setor com otimismo

            A estagnação econômica da cidade, que antes vivia do extrativismo mineral e hoje tem a agropecuária como única pilastra, pode ser superada com a indústria do turismo. Lideranças locais compartilham da opinião, segundo a qual o município tem potencial para incrementar o setor.

 

fonte: 1º site de Pratápolis - Cambão

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